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Linguagem Inclusiva

 

A linguagem assenta numa forma de comunicação, que deriva do latim communicare, que significa «dividir alguma coisa com alguém». Assim, entende-se que a comunicação pressupõe a existência de algo que passa do individual para coletivo, embora não se esgote nesta noção, nem mesmo na comunicação verbal.

Ao longo dos tempos as pessoas têm vindo a adequar formas de comunicação (gestos, sorrisos, cores, expressões faciais, olhares, sons e melodias, choro, tipos de respiração,…) para transmitir a sua mensagem, com a melhor recetividade possível.

A comunicação é essencial à socialização, à aculturação e à formação/educação do indivíduo. É neste sentido que nos últimos anos têm vindo a ser identificadas motivações para promover uma forma de comunicação não discriminatória em razão do género, a qual se dá o nome de linguagem inclusiva.

No que diz respeito às questões de género e linguagem, estas começaram a ganhar maior amplitude na década de 1960, com o feminismo da segunda vaga nos Estados Unidos da América — e rapidamente o tema começou a ser discutido em alguns dos círculos mais proeminentes da linguística, nos vários países.

Aqui importa esclarecer que o feminismo é um movimento político, social e filosófico que tem como objetivo principal defender a igualdade dos direitos entre homens e mulheres, lutando para o fim da valorização de um género sobre outro. Este movimento tem vindo a elevar qual o verdadeiro papel da mulher na sociedade, não desvalorizando o papel do homem. Não é raro, encontrarmos no discurso do senso comum que o feminismo é a vontade das mulheres em ter os mesmos direitos que os homens, mas este surge sem um olhar cuidado para a veracidade da franca discrepância entre a realidade social, económica e cultural entre estes dois sexos.

Face ao exposto, é possível considerar que a forma de comunicação está em evolução, permitindo o respeito pelas características de cada pessoa, havendo um esforço para equalizar o tratamento linguístico entre homens e mulheres.

Usar uma linguagem inclusiva e neutra não é uma questão de dificuldade, mas de respeito e de atenção quando estamos num processo de comunicação e até de educação, sendo este um dos meios para o brotar de sociedades mais inclusivas.

 

 

Documentos de apoio

- Guia para uma linguagem promotora da igualdade entre mulheres de homens na administração pública, CIG  https://www.cig.gov.pt/wp-content/uploads/2015/11/Guia_ling_mulhe_homens_Admin_Publica.pdf

- Manual de linguagem inclusiva, Conselho Económico e Social https://www.cig.gov.pt/wp-content/uploads/2021/05/ces_manual_linguagem_inclusiva.pdf

- Linguagem Neutra do Ponto de Vista do Género, Parlamento Europeu https://www.europarl.europa.eu/cmsdata/187108/GNL_Guidelines_PT-original.pdf

- Comunicação Inclusiva no SGC https://www.consilium.europa.eu/media/49074/2021_058_accessibility-inclusive-communication-in-the-gsc_pt_acces.pdf

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